Mesmo em tão poucas páginas, Boyne consegue cativar e emocionar o leitor.

 
Título: O Aprendiz de Assassino
Autora: Robin Hobb
Tradutor: Orlando Moreira
Páginas: 416
Ano: 2013
Editora: LeYa
ISBN: 9788580448160
Avaliação:  ★★★ | Bom.
Sinopse: O jovem Fitz é o filho bastardo do nobre Príncipe Cavalaria e foi criado pelo cocheiro de seu pai, à sombra da corte real. Ele é tratado como um penetra por todos na realeza, com exceção do Rei Sagaz, que faz com que ele seja secretamente treinado na arte do assassinato. Porque nas veias de Fitz corre a mágica do Talento – e o conhecimento obscuro de um garoto criado em um estábulo, entre cães, e rejeitado por sua família. Quando assaltantes bárbaros invadem a costa, Fitz está se tornando um homem. Logo ele enfrentará sua primeira missão, perigosa e que despedaçará sua alma. E embora alguns o vejam como uma ameaça ao trono, ele pode ser a chave para a sobrevivência do reino.

✖✖✖

Altamente recomendado pelo mestre da fantasia medieval, George R. R. Martin descreve a obra como um diamante entre falsos brilhantes e como amante de uma boa fantasia, essa foi com certeza um frase que me chamou a atenção. Mas parece que a frase de efeito é melhor que a história em si. Não que seja um livro ruim, mas surpreende muito pouco o leitor e não se destaca dos demais como Martin nos promete.

Depois de abandonado por seu avó na porta do castelo, Fitz é acolhido pela corte porque ele é filho do Príncipe Cavalaria, um filho bastardo. A partir de então, ele começa ser criado pelo cocheiro mas logo, o Rei Sagaz quer que o garoto comece a aprender secretamente a arte do assassinato.b Muitas lutas estão por vir e Fitz terá de aprender a se defender e defender até mesmo o reino. Toda esta história sendo contado pelo próprio protagonista alguns anos depois  não sabemos quantos na verdade.
— Falo isso na sua frente para que saiba que não hesitarei em sacrificá-lo. Ainda quer me servir?
O começo é bem devagar, são personagens sendo adicionados a todo momento e algumas situações começam a introduzir o mundo criado pela autora, mas tudo em um ritmo bem devagar e um tanto confuso. Talvez para poder introduzir bem o enredo foi necessário um começou exaustivo. Mas por mais que o começo não seja lá aquelas coisas, a partir do momento que a ação começa de fato é impossível largar o livro e você se vê mergulhado de cabeça na leitura.

A narrativa — como na maioria dos livros de fantasia épica  é carregada de detalhes, cheio de personagens e com uma rede intrincada de histórias que se chocam em algum momento. Vi algumas resenhas em que comparam a escrita da autora com George Martin e Bernard Cornwell, nunca li nada do segundo autor mas também concordo que seu estilo se assemelhe ao estilo do George Martin.

Os personagens são o ponto forte do livro. A autora soube construir exatamente personalidades únicas e características, e é desses personagens que a autora consegue desenrolar a história com maestria. Ela desenvolveu problemas para todos os personagens, todos eles em algum momento teve que enfrentar seus demônios, porém todos à sua maneira souberam de uma forma  fácil ou não  enfrentá-los de frente.
Penso-me curado de todo o rancor, mas, quando toco no papel com a pena, a ferida de um garoto sangra com o fluxo da minha tinta marinha, até que suspeito que cada letra negra cuidadosamente formada esfola a cicatriz de uma antiga ferida escarlate.
O livro ganhou uma nova edição que ficou bem legal, mas ainda prefiro a antiga. A nova capa ficou bem legal, mais detalhada e super adequado ao enredo proposto. Por dentro, temos folhas amarelas, uma aba que na minha opinião está muito grande, achei desnecessário uma aba daquele tamanho e a fonte e margem estão em um tamanho bom, mas se fosse um pouco maior talvez ficasse melhor.

Resumir o livro como um diamante no meio de falsos brilhantes talvez tenha sido um pouco exagerado, mas para os amantes de fantasia medieval, para os apaixonados por Tolkien ou aqueles que ainda estão ansiosos na espera do próximo livro do Martin, essa leitura com certeza seria uma boa pedida.

SOBRE A AUTORA
Robin Hobb é o pseudônimo da romancista Margaret Astrid Lindholm Ogden (nascida em 1952), que produz principalmente obras de ficção contemporânea e fantasia épica. De 1983 a 1992, ela escreveu exclusivamente sob o pseudónimo Megan Lindholm. Ela publica atualmente, sob ambos os nomes, e vive em Tacoma, Washington. Até 2003, ela havia vendido mais de 1 milhão de cópias de seus nove primeiros romances como Robin Hobb.

3 comentários:

  1. Parece se tratar de um livro bem maçante!
    Não sou fã do gênero e provavelmente não seria um livro que leria.
    Mas para quem curte,deve ser um prato cheio.

    ResponderExcluir
  2. Não li muita coisa do gênero, mas pela resenha acho que esse não é muito indicado para quem está começando nesse estilo... Enfim, até gostei da sinopse, mas não vou ler por enquanto.

    ResponderExcluir
  3. Gostei bastante desse livro,ainda mais pela escrita da autora ser parecida com a do Martin.
    Não era muito ligada em livros com esse enredo medieval mas depois de boas experiencias passei a se interessar cada vez mais por eles.
    A capa está bem bonita e eu adoro folhas amarelas :)

    ResponderExcluir

 
Top