Um livro com um enredo forte e intrigante, estória bem construída, uma narrativa rica e fluente e personagens excepcionais.

Título: A Lista do Nunca
Autora: Koethi Zan
Páginas: 272
Ano: 2013
Editora: Paralela
Sinopse: Depois de um acidente de carro que sofreram quando ainda tinham dez anos, Sarah e Jennifer, amigas inseparáveis, passaram anos escrevendo o que chamaram de Lista do Nunca: uma lista de ações e atitudes que deveriam ser evitadas, a qualquer custo, para que se mantivessem sãs e salvas. Numa noite, no entanto, ao entrarem em um táxi, o destino das duas garotas as levou a um lugar que certamente não considerariam nem um pouco seguro. Sequestradas por um homem frio e adepto do sadismo, elas ficam acorrentadas em um porão com mais duas garotas por três anos. Dez anos depois de conseguir fugir, Sarah ainda tenta levar uma vida normal. Seu sequestrador, porém, está prestes a conseguir uma condicional e mais do que preparar um belo discurso de vítima, Sarah sente que este é o momento de agir. Para isso, vai enfrentar seus terríveis traumas em busca de uma história que nunca fora revelada.

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UOU! Ok, ok, eu PROMETO que tentarei ser o mais coerente possível ao fazer essa resenha. Esse livro é magnífico! Um livro com um enredo forte e intrigante, estória bem construída, uma narrativa rica e fluente e personagens excepcionais. Desde a capa do livro e sinopse desse livro eu já tinha absoluta certeza que seria um ótimo livro, mas Koethi conseguiu me surpreender. Posso afirmar que essa foi uma das melhores leituras do ano. Sem qualquer dúvida.

Acompanhamos a estória da protagonista Caroline, mas depois de todo sofrimento, ela prefere ser chamada de Sarah. Depois de dois anos trancafiada em um porão sofrendo torturas tanto psicológicas, quanto físicas, além de perder sua melhor amiga, Sarah consegue fugir. Mas Sarah é uma garota que não superou. Quem superaria afinal?! Ela ficou totalmente reclusa durante anos. Não há nada faça com que ela saia de seu apartamento. Não até agora.

Jack o cara mau da estória ficou preso por 13 anos, mas está preste a sair da cadeia. Sarah não acha isto justo e vai precisar reunir provas contra eles, porque acredita que o FBI não achou tudo. Ela precisava cavar mais fundo. Por Jennifer.


Ela não se dera conta do quanto eu e Jennifer havíamos tentado nos resguardar de qualquer forma de vulnerabilidade. E ainda assim havia acontecido.

O foco principal da narrativa não é a fuga das garotas ou quem sobreviveu, já que conhecemos as garotas desde as primeiras páginas. O foco é como Sarah e as outras garotas saíram do cativeiro e como manter Jack na cadeia.

Os fatos vão acontecendo aos poucos, a autora não nos atropela com muitas informações e faz com que o leitor não confie nem na própria sombra. Os personagens secundários são de grande importância ao enredo, são eles que moldam o suspense e o mistério. De uma forma ou outra , os personagens conheciam ou sabiam algo de Jack, trazendo uma insegurança e um desconforto ao leitor.

A narrativa é feita pela protagonista Sarah. Mas não acontece em uma linha crescente de acontecimentos. A protagonista encontra-se 13 anos depois dos fatos ocorridos e tentando ainda se recuperar, mas sempre há flashbacks trazendo cenas e acontecimentos passados. Koethi não deixou que o leitor se perdesse durante esses flashbacks, trazendo uma leitura fluente, envolvente e muito bem-detalhada.

Devido ao descritivismo de Koethi, as cenas de ação, quando estão sendo torturadas, ou até mesmo quando estão fugindo, são muito vivas e tão envolventes que você simplesmente precisa ler até chegar ao final da cena. Você fica obcecado, é incrível! Você não consegue largar o livro até que chega a próxima cena, torcendo para que ela possa ser uma cena calma para você conseguir fechar o livro e ir dormir.

O desfecho foi um tanto esperado, mas vou explicar o por quê. Durante todo o livro Sarah está à procura de novas provas para manter Jack na cadeia. Como ela narra o livro, temos acesso a todas as provas e isso ajuda com que tentássemos adivinhar o final, o que torna-o um pouco menos excitante.

Durante toda a leitura fiquei imaginando como esse livro se adaptaria muito bem para o cinema, cheguei até a pensar quem seriam os atores que fariam os papeis. E para a minha felicidade e dos grandes fãs desse livro, a CBS já divulgou que estará produzindo uma adaptação (creio que seja um filme).

A Lista do Nunca é um livro forte, instigante, que te deixa apreensivo, meio sinistro e que mesmo depois de terminar você anseia por mais. Recomendado, claro. Vale lembrar que o livro está sendo adaptado para a televisão, em breve mais notícias sobre.


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Koethi Zan nasceu e cresceu no Alabama e cursou pós-graduação na Escola de Direito da Yale em Nova York, onde, atualmente, mora com o marido e filhos. Por mais de quinze anos, atuou na área de direito de entretenimento trabalhando com cinema, televisão e teatro e, mais recentemente, na MTV.

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